VEGANOS INCOMPREENDIDOS PELOS ANIMAIS

Este texto de autor vai nos dar uma ideia sobre a preocupação com os animais tida como precirsor para muitos se tornarem veganos ou melhor, Herbívoros Hominídeos.



Agora, vamos no ponto que realmente é nevrálgico a eles: a preocupação com o direito dos animais.

A essa altura, eu estou sendo taxado como um maníaco antiético, porque eu provei que alimentação vegan é não-natural. Afinal, pessoas éticas devem ter respeito para com animais, certo? Mas o que é ética e o que ela tem a ver com o mundo natural? E por que eu estou mencionando mundo natural?

É um assunto vasto e denso; então, procurarei resumir, sem ficar muito raso. Inúmeros tratados foram escritos sobre Ética, desde os tempos de Aristóteles. Cada um dando o seu palpite, mas que – em última análise – trata-se das relações do homem com a sociedade na qual ele está inserido. Ou seja, é um conceito extremamente subjetivo, pois o que pode parecer ético em uma sociedade pode não o ser em outra. Assim, a sua relação com seus vizinhos será diferente da relação de um beduíno com os seus primos, ou de um tibetano com os moradores da mesma vila. Ética é uma coisa, moral é outra e justiça é outra totalmente diferente, e nenhuma delas está diretamente relacionada com as demais. O que rege tudo isso é a evolução comportamental de um determinado grupo em questão. Assim, quando você mata um indivíduo, trapaceia, rouba velhinhas, bate em aleijados, estupra crianças, entre outras coisas lindas desse quilate, você está saindo do que a sociedade onde você está inserido tem como parâmetro de “certo”. Você queda-se à margem da sociedade, tornando-se um marginal (etimologicamente falando). Mas nem sempre a falta de ética é motivo para punição.

Sendo um médico, é antiético você falar mal de outro profissional, mesmo que o outro seja um salafrário, cachorro, estúpido, ridículo, bandido, sem-vergonha, trapaceiro, ladrão e explorador de pessoas doentes, fazendo com que os tratamentos sejam longos, dando diagnósticos errados (por imperícia ou mau-caratismo mesmo). A ética médica regula isso, mesmo que você queira ser honesto e alertar o paciente, isto é, por mais que você queira agir certo, você é impedido por princípios éticos de sua profissão. É errado, mas não culpem a mim por isso.

Isto posto, vamos fazer uma viagem ao mundo natural. Por que seria antiético André comer um bife? A resposta na ponta da língua vegan seria por causa do sofrimento do animal. Hummm, ok. Então, vejamos a imagem abaixo:


Leões se banqueteando com um búfalo. Fazem ideia do que é ser atacado por um leão? Ser rasgado vivo e o bicho começar a devorá-lo, quando a presa nem ao menos morreu direito… não deve ser algo agradável. Bom, até que é agradável… pro leão! Ele precisa comer, e, não, a Natureza não é boazinha. Existe, inclusive, o caso de formigas que escravizam (sim, você leu certo!) outras formigas[1] [2] [3]. Pois é, não é só o ser humano que é canalha, mas quem disse que o mundo natural tem que ser delicadinho?

Claro que isso poderá abrir margem para uma falácia da falsa dicotomia. Não justifica o caso que um ser humano possa escravizar outro. Lembram-se do conceito de Ética dado acima? Pois bem, há alguns anos, não era nada antiético ter escravos. Aliás, em algumas culturas é plenamente normal ter escravos (na Antiga Atenas, cerca de 80% da população era constituída de escravos, e nem Aristóteles ou Platão escreveram uma linha contra isso. Pelo contrário!); no entanto, como eu falei antes, o que é “normal” numa cultura, pode não ser em outra cultura. Quanto à Natureza? Ela está pouco se lixando se você mata o seu vizinho ou não. Alguns insetos até travam guerras entre si[4].

Há algo de errado na Natureza? Talvez não. Vida se alimenta de vida para continuar viva. Não importa o quanto achemos que um coelhinho se eu fosse como tu seja fofinho. Harpias não só os acharão fofinhos, como deliciosos:


Aqui começa o apelo melodramático. Onde os adeptos da religião vegan apelam pro sentimentalismo tosco, mostrando fotos de bezerrinhos recém-nascidos. Dizem que somos especistas por preferir seres humanos àquelas doces criaturinhas. Lindo, não? Lindamente falacioso!

A resposta para essa empatia com os bezerros é simplesmente fruto de nossa herança evolutiva. Traçamos um paralelo entre os lindos bezerrinhos e nossos próprios filhos. Ambos são pequenos (relativamente, claro), ambos precisam de cuidado, ambos são mamíferos (opa!), ambos têm desenvolvimento similar. Nós possuímos um desenvolvimento maior por que quando criança nós brincamos mais, manipulamos peças, descobrimos o mundo. Cada etapa é um aprendizado e isso cria novas ligações sinápticas, desenvolvendo mais ainda o nosso cérebro. Em suma: quanto mais aprendemos, mais temos condições de aprender.

Também mostram cartazes relacionando cães e bois no mesmo grau de afetividade, como no cartaz ao lado, o que é interessante, pois estes mesmos vegans SÃO CONTRA ter animais de estimação, pois os estamos “escravizando”[5]. Este povo é tão ridiculamente idiota que defende que alimentemos cães e gatos (decididamente carnívoros) com alimentação vegan![6] [7] Que classe de pessoas é essa que defende o direito animal e não respeita a sua biologia, impondo as mesmas loucuras? Que espécie de idiotas é essa que critica pessoas que vestem seus animais com roupinhas similares às nossas, mas querem mudar os hábitos alimentares moldados por milhões de anos de evolução biológica? Estamos vendo bem o que a falta de proteína animal fez com o encéfalo dos vegans. Mais para ferente eu voltarei a essa questão dos animais de estimação.




Agora, vamos acabar com as falácias vegans.

Ai, que lindinha! Cuti-cuti-cuti! Quem quer dar um beijinho?

Pois é. Ninguém gosta de cobras. Tanto é que ficou conhecida como símbolo da maldade, não só na Bíblia, como em muitas culturas (mas não em algumas outras). Isso, possivelmente, deriva de nosso medo herdado de nossos ancestrais, quando estes eram presas das cobras (sim, cobras também não são nada éticas quando estão com fome). Ninguém vê cobras com afinidade, ninguém quer pegá-las no colo, ninguém gosta de pensar nesse distinto animalzinho se esgueirando até você e subindo pela sua perna. Tá, ok. Algumas sociedades hindus criam cobras, apesar de tal criação como bichinho de estimação ser proibido desde 1972, mas preservemos a ideia que cobras são mortíferas e perigosas e quase todos as querem bem longe. De qualquer forma, dificilmente vegans usarão a foto de uma cobra para mostrar que você deve ser ético.

Aliás, que mané ética? Vegans ficam nesse blábláblá defendendo animais, mas eles não desdenham em usar inseticidas e venenos pra ratos!

“Ah, mas aí é diferente! Eles transmitem doenças.”

Então, vamos matar cães também, já que transmitem raiva (qualquer mamífero pode transmitir raiva). Matemos pombos, pois eles transmitem toxoplasmose (eu detesto pombo!). Vamos matar gatos, pois eles podem nos arranhar. Vamos matar logo os toscos seres humanos, pois eles também transmitem doenças. Se for assim, podemos matar qualquer animal, pois alguma doença será transmitida por eles. Ética, hein? Só quando interessa! No link acima de número [6] o autor joga uma conversa fiada que “éticos vegans” não matam moscas, apenas as pegam como quem pegaria uma borboleta com um puçá e a libertaria fora de casa. Ok, meu filho, fique o dia inteiro caçando mosca, sim? Tente isso com mosquitos. Se aparecer um rato em sua casa, convide-o para um almocinho vegan.

Só sendo muito sarcástico para com esse tipo de gente “ética”.

De outra partida, façamos um experimento mental (sendo apenas mental, ninguém sairá ferido), só que usaremos um cão ao invés de um bezerro. Imaginem a situação: Duas casas pegando fogo. As chamas estão descontroladas. Um ético vegan está mais perto de uma, com um cãozinho latindo desesperado. Na outra casa, um pouco mais longe, uma criança de 10 anos berra alucinadamente. Ambos são seres vivos. Ambos são animais. Somente um pode ser salvo a tempo.

A questão é: Qual dos dois você, vegan, salvará? Para qual casa você correrá primeiro? Avalie sua ética, meu caro vegan, e me responda. Depois veremos quem será o especista. Segundo Wittgenstein, não existe problema filosófico ou moral, portanto, você não terá muitos problemas em decidir pelo correto, não é mesmo?

Sejamos francos qual ser vivo não é especista e não vise a sobrevivência de sua própria espécie. E ainda digo mais: cada membro de cada espécie preocupa-se mais em preservar a si mesmo, muitas vezes praticando canibalismo! Até mesmo protozoários tendem a ser canibais, mediante alguma pressão evolutiva e, segundo algumas teorias, foi assim que teria surgido as primeiras reproduções sexuadas com fertilização (cf. MARGULIS, O que é sexo? Ed. Jorge Zahar). Entretanto, como os “reis da ética” sempre gostam de pagar lições de moral, eu ainda gostaria muito de saber, com base no experimento mental supracitado: Quem viverá? O cãozinho bonitinho ou o ser humano que come carne, polui o ambiente, assassina bebês foca, mata piolho e urina em postes (se bem que cães também urinam nos postes)? Tudo bem, não estou sendo imparcial. Mudemos o cenário. Duas casas pegando fogo, cada uma de um lado da rua. O vegan ético está bem no meio da rua e tem que decidir se correrá para a casa de uma calçada ou para a casa da outra calçada. Ele consegue ver bem quem está em cada casa: em uma, a criança humana, na outra, o cãozinho fofinho. Quero saber: Para qual casa o ético vegan correrá primeiro? Vegans não podem responder a isso; no máximo usarão algum apelo melodramático de novela mexicana de quinta categoria.

Como adeptos de uma religião pós-moderna, eles se recusam a olhar qualquer situação sobre outro prisma (oh, meu deus! Os lindos ratinhos brancos!). Eles sempre terão uma visão idílica sobre a Natureza, não importando o quanto você mostre as coisas mais feinhas (sai pra lá, inseto desgraçado!). Usam de dois pesos e duas medidas. É como o pessoal que defende o bem e a paz que as religiões trazem, mas “esquecem” dos homens-bomba, o fanatismo religioso, as guerras travadas em nome das religiões etc. Ah, mas não eram religiosos de verdade. Se… Com os seguidores da religião vegana não é diferente, principalmente quando a barra começa a pesar pro lado deles, em cujo momento tentam escapar pela tangente com o eterno blábláblá sentimentaloide, alegando que animais possuem senciência, pois sentem dor e coisa e tal. Mas e os demais seres vivos?

Plantas – alegam os vegans – podem ser consumidas sem dó nem piedade, pois elas foram criadas (Design Inteligente?) para servirem de alimento. Só que muitos vegetais, apesar de não possuírem sistema nervoso central, respondem a estímulos, como é o caso da Dormideira (Mimosa pudica L), que basta um leve toque e ela já se fecha. As inúmeras plantas “carnívoras” (plantas são antiéticas?) reconhecem quando não conseguem extrair nutrientes necessários do solo (como nitrogênio inorgânico, por exemplo), e possuem verdadeiras armadilhas que aprisionam e devoram insetos. Há, inclusive, pesquisas que visam determinar que algumas plantas reagem ao som de música clássica, por exemplo. Confesso que, do meu ponto de vista, a pesquisa é questionável, mas também é questionável dizer que devemos ter pena dos animais (mas só alguns), pois eles são sencientes e sofrem. Quer dizer que se eles não sofrerem dor, eu posso passar o rodo, então? Onde começa a senciência dos animais? Onde eu posso utilizá-los a meu bel-prazer, sem problema ou dor de consciência? Mais uma vez, com a palavra, os vegans.

Levemos em conta ainda que algumas plantas “não querem” ser comidas. Por isso, a Seleção Natural privilegiou aqueles espécimes que possuíam um sistema de defesa, quer sob a forma de espinhos, quer sob a forma de toxinas. Mas os vegetais não são mais saudáveis? Eu falei na página anterior o que acontece se ingerirmos feijão e mandioca sem tratá-los adequadamente. E, obviamente, alegarão que desenvolvemos métodos culinários para isso. Mas reitero o meu ponto: se são tão mais saudáveis, por que alguns deles podem nos matar em questão de minutos? E por que é preciso de cozimento, se o domínio do fogo demorou muito, muito tempo? Levando isso em conta, é significativo que devemos ser cruéis com os animais? Podemos fazer despachos, meter-lhes a marreta, sangrarmos, colocar venenos para cães de rua, atirar em gatos com chumbinho e dar uma porrada na bunda de um cavalo?

A questão é que a relatividade moral está encerrada em grupos e não em indivíduos. Isto significa dizer exatamente o que eu falei antes: que os conceitos morais e éticos variam de sociedade para sociedade. Claro que isso não exclui o fato de algumas coisas serem erradas seguindo nosso modo de ver, em nossa sociedade. Assim, aquilo que eu chamo de “Macumba Judaica”, que engloba os rituais do Yom Kipur é algo totalmente desnecessário. Matar galos, peixes etc. só para… para o quê, mesmo? Da mesma forma que outros rituais sem sentido, sacrificar um animal em honra a um deus qualquer não é algo que se possa ter como “aceitável”, começando pelo fato que ninguém sabe se tal entidade existe (mas, provavelmente não). Da mesma forma, o emprego de selvageria para matar animais indefesos pode servir para auto-afirmação de uma masculinidade de caráter questionável. Ambos beiram o sadismo, e podem ser reflexo de personalidades doentias, capazes de perpetrar ações más a qualquer um.

Mas, espere um instante! Qual é a diferença entre dar um teco num pombo e abater um boi?

Toda ou nenhuma, dependendo do ponto de vista. Se você me perguntar em termos simples de vida e morte, não há, de fato, diferença. Só que as coisas não são simples.

O abate de gado para alimentação (que eu demonstrei ser essencial na dieta humana) não é feito de modo selvagem e sádico – ao contrário do que a apocalíptica religião vegan alardeia -, a não ser em abatedouros clandestinos. Para isso existe fiscalização (se essa fiscalização é falha, é outra história). Assim, o animal é abatido da forma menos traumática possível. O boi – que é um touro que passou por uma terrível decepção – é abatido de forma pouco dolorosa, embora eu conceda que alguma dor existe, mas eu demonstrei acima que muito pior a Natureza faz. Assim, eu sou antiético? Não há resposta em níveis lógicos, pois a Lógica não ajuda nessa questão, nem os conceitos morais, éticos e filosóficos. Talvez, no futuro, toda a nossa alimentação será sintética, sem a necessidade de matarmos mais nenhum animal, onde nós seremos alvo de vergonha de nossos descendentes, ou não. Só que atualmente precisamos, e isso é fato! Postar cartazes de lindas mulheres beijando uma berinjela (um tanto quanto freudiano, se prestarem atenção) não fará diferença no mundo natural. Precisamos, enquanto entidades biológicas, dos alimentos de origem animal. Ponto.

Uma coisa interessante salientar é que o gado (de abate, leiteiro etc.) só existe pela pressão seletiva do meio e das necessidades do homem. O que isso significa? Muito simples: a espécie das lindas vaquinhas só existe após milênios de seleção natural e seleção artificial. E não só as vaquinhas, mas cães, gatos, pássaros, peixes, crustáceos etc. Em termos de História Ambiental, todos os ecossistemas foram alterados desde que o Homem pisou pela primeira vez na Terra. E não só os seres humanos, pois no caso de espécies invasoras também ocorre mudança no ecossistema. É nisso que se sustenta uma teoria sobre o que aconteceu na Ilha da Páscoa.

Vegans têm a mania idiota de alegar que escravizamos os animais (coisa que eu provei que eles já fazem entre si, e com referência sólida). Mas a verdade é que vivemos numa imensa, e necessária, simbiose (não necessariamente endossimbiose). Bem, deixem-me contar-lhes sobre os cães. Eles são descendentes diretos dos lobos. Ao invés de imaginarmos uma cena onde nós, malditos seres humanos, escravizamos lobos para servirem em nossos rituais mágicos, até que fossem formados os cães, aconteceu algo um tanto diferente. Eles é que nos adotaram.

Registros arqueológicos mostram que os lobos começaram a seguir os nômades humanos Afinal, estes tinham alimentos, fogo (luz e proteção) e abrigo. Os primeiros homens podem ter matado alguns lobos, assim como alguns lobos podem ter tentado ter alguns humanos pro jantar. Com o tempo, os homens acharam legal ter sua companhia. Jogavam seus restos de comida pros lobos e estes agradeciam efusivamente. Aos poucos, chegaram mais e mais perto. Ajudavam a espantar outras feras, enquanto os humanos usavam o fogo para espantar feras maiores ainda. Foi um bom relacionamento e só deu certo ao longo desses milênios. Estabelecemos amizade com os lobos, que aos poucos (por pressão seletiva, natural e artificial) se tornaram nossos companheiros. Recomendo a edição nº 120 da National Geographic Brasil (março de 2010), que traz um interessante artigo sobre isso. Ou não. Deve ser alguma propaganda anti-vegan propalada por carnívoros sem moral ou ética. A decisão é de vocês.

Confesso que gosto muito de gatos. Eles são arrogantes, inteligentes, independentes, carinhosos (quando querem) e fiéis; mas o cães, também confesso, conquistaram uma amizade sem precedentes. O termo “fidelidade canina” serve bem para exemplificar a sua importância. São amigos, companheiros, defensores, cuidavam e ainda cuidam de nossos filhos, guardam nossas casas, dormem fora, mas alguns dormem dentro. Nos ajudavam a caçar, dar alarme contra invasores, uivavam ao menor perigo, lamentavam-se por uma caçada improdutiva, avisavam se o tempo mudaria, puxavam nossos trenós, faziam-nos companhia, consolavam-nos, olhavam para nossos olhos e víamos que os seus era o reflexo de nossas próprias almas. Por que não ter um cão? Qual o crime de termos um animal de estimação, se cuidarmos dele com atenção, amor e carinho? Conheço muitas pessoas que tratam melhor os seus cães do que o próprio filho. Vegans ainda acharão que isso é escravidão, o que me força a vê-los com pena, pois não devem ter muitos amigos, não se dão ao luxo de ter a companhia de um cão ou um periquito. Os únicos amigos que possuem são outros membros de sua religião, para falar exatamente da religião vegan, tentando subsídios para se justificarem dia após dia, como qualquer religioso fanático. Não desfrutam da alegria de ir passear com seu amigo peludo num parque, brincar de jogar freesbe, pescar (ops! Pesca não é vegan!), não pode ter um amigo aconchegado perto dos pés, ou até que durma ao pé da cama. Alguns dormem literalmente aos pés, dividindo cama, compartilham nossa comida, vibram quando chegamos e ficam tristes quando temos que sair.

Mas, não. Para a religião vegan tudo isso é criminoso! Vamos libertar os cães. Vamos deixar aquele poodle lindinho no mundo afora, de modo que ele consiga sobreviver sozinho (se alimentando de forma ética e saudável, sem ferir nossas amiguinhas vacas). Seus antepassados conseguiram facilmente, quem sabe se o poodle de hoje não reaviva alguma memória guardada em seus genes? Bem, se ele não fizer isso, Darwin estará de olho. Ou o poodle bonitinho esteja pronto para enfrentar a vida sem nós, humanos, ou ele perecerá em questão de dias, de fome, sede e frio. O que é mais cruel? Se tem um grupo realmente especista são os vegans, pois eles acham que são melhores que os demais e se puseram na posição de guardiães da vida animal, mas só alguns. Eles escolhem quais as espécies merecem seu pseudocarinho, pois amor e carinho mesmo é algo que vegans não têm e jamais terão. O que eles possuem são egos do tamanho do Himalaia, e tão inóspitos e vazios quanto.

Assim, vegans não se importam com os animais. Eles se importam apenas com sua ideologia retardada, criada por meio de mentes atrofiadas por baixa concentração de proteínas e vitaminas. Fazem protestos e passeatas, alguns idiotas até querem que substituamos o leite de vaca por leite materno, onde as estúpidas voluntárias forneceriam leite para fazer queijo, coalhada etc. Quantas mulheres seriam necessárias? Na mente vegan, tudo isso faz sentido. Ah, mas isso é coisa do PETA e nem todos são escoceses vegans de verdade.

PETA. A entidade mais fundamentalista da religião da Nossa Senhora da Alface. Os xiitas do Brócolis Sagrado, que pensam ser o arauto da Nova Era, oferecendo “a pílula verde” ou alguma metáfora idiota imitando Matrix (deve ser por causa das letrinhas verdes). Uma entidade imbecil que faz comícios com mulheres (nem sempre bonitas) que andam peladas para dizer que não usam peles. Curiosamente, nenhuma delas desfila no norte do Alasca e sim no meio de Nova York, só para chamar a atenção pras suas (nem sempre) gloriosas bundas. Ainda bem que não dependem de usar a cabeça.

Eu particularmente acho o uso de peles algo sem meio significado, mas não apenas pela morte dos animais. Acho sem necessidade mesmo, devido às modernas tecnologias têxteis. De qualquer forma, também não entendo porque alguns idiotas se tatuam completamente ou enchem a cara de piercings. Mas que uma mulher num casaco de vison fica sexy, isso fica (ainda mais se não tiver mais nada por debaixo). Mas lembremos das referências freudianas entre os vegans e as berinjelas.

Para terminar este bloco, recomendo aos vegans que demonstrem seu amor pelos animais oferecendo um grande abraço a uma píton ou a um dragão de Komodo. Eles adoram gente que os defendem e lembrarão que vocês são éticos e lhe devolverão todo o carinho e afeto despendidos para com eles.